Alguns dos principais motivos para não conseguir emagrecer incluem dormir pouco ou mal, não praticar atividade física regular e pular refeições.
A comida representa a nutrição emocional.
O nosso primeiro contato com o alimento se dá através da mãe na amamentação e na introdução dos alimentos. É quando estabelecemos o nosso primeiro vínculo afetivo de segurança e proteção. Por motivos diversos, quando a mãe não pôde estar totalmente presente nesta fase que vai de 0 a 2 anos de idade, a pessoa pode apresentar obesidade em algum momento de sua vida.
E o que é “estar presente”?
É olhar para o bebê enquanto amamenta, dando a nutrição emocional e a segurança que ele precisa e, assim, estabelecer um vínculo afetivo. E os motivos pelos quais a mãe não pôde estar totalmente presente de forma adequada podem ter sido os mais variados, como por exemplo: doença; questões psicológicas e emocionais; necessidade de trabalhar, de cuidar de várias coisas ao mesmo tempo; dificuldade de doar-se; colocar paninho no rosto do bebê impossibilitando o contato olho a olho; não saber da importância de estar totalmente presente e entregue; estar distraída com outras coisas como tv, celular, revista, conversas; dormir enquanto amamenta; deixar a criança fazer diversas coisas ao invés de se concentrar nesse vínculo, etc. Isso tudo pode fazer a criança se sentir rejeitada e abandonada, independente disso ter sido ou não uma realidade.
Sendo assim, a comida acabará servindo, mais tarde na vida, como um substituto ao alimento nutricional afetivo da mãe: em outras palavras, servirá como um tapa buraco, em momentos em que a pessoa se sentir mal, insegura, amedrontada e ansiosa. Ao mesmo tempo, a comida pode servir como uma forma de se proteger contra as “ameaças” reais ou irreais da vida. Muitas pessoas se escondem no sobrepeso/obesidade para não ter que enfrentar os “perigos” e as tentações da vida. Tem a ver também com os ganhos secundários diversos (vantagens e benefícios) que se pode obter com isso, por exemplo:
- Uma esposa que se faz “feia” (de acordo com sua própria crença do que é um padrão estético de beleza) para não atrair homens e assim, não se ver tentada a trair o esposo; ou para não ser desejada pelo próprio marido porque não quer relações sexuais com ele; ou ainda, “usa” o sobrepeso para testar e comprovar o amor e a fidelidade do parceiro por ela.
- Uma mulher que se mantém sobrepeso para não atrair homens porque tem questões conflituosas com a vida amorosa.
- Um homem com obesidade mórbida que, devido a sua questão, pode viver dependente da esposa/dos filhos; desperta a compaixão dos outros pelo seu problema; escapa daquilo que não está a fim de fazer.
De uma forma ou de outra, o sobrepeso/obesidade nos fala de uma dificuldade de lidar com os sentimentos, as emoções e alguma questão da vida. É uma forma inconsciente de se proteger, se esconder e fugir de algo conflituoso, devido a uma grande insegurança. Indo mais além, acaba sendo uma auto rejeição (a não ser nos casos em que a pessoa está acima do peso e está muito bem com sua autoestima).
Pessoas com dificuldade de emagrecer e que engordam são pessoas muito sensíveis e que se magoam com facilidade. A comida e a gordura acabam sendo o seu refúgio; o seu “porto seguro”; o seu acalento; e a sua distração nos momentos difíceis.
Por fim, pelo fato desse assunto ter muito a ver com a questão emocional, compreende-se o motivo pelo qual tantas pessoas fazem milhares de dietas e tratamentos sem sucesso. É preciso, antes de tudo, mudar internamente.
O que fazer?
- Ressignificar os seus pensamentos e crenças (suas formas de pensar estabelecidas e fixas que você foi cristalizando com o tempo) em relação a si mesmo, aos outros e ao mundo. Pode ser feito com a ajuda de alguma terapia, como por exemplo a PNL (Programação Neurolinguística), Hipnose, Psicoterapia;
- Ressignificar mágoas, tristezas e ressentimentos que você carrega. Pode ser feito com a ajuda de alguma terapia como por exemplo, a PNL (Programação Neurolinguística), Hipnose, Psicoterapia;
- Desenvolver e trabalhar dentro de você o amor universal;
- Encontrar uma via de expressão adequada quando você se sentir emocionalmente afetado: conversar, ao invés de se calar; aprender formas saudáveis de lidar com isso internamente – para que você não sinta necessidade de extravasar na comida;
- Trabalhar a questão sexual, caso você tenha algo mal resolvido em relação a este tema;
- Não esperar demais dos outros e de si mesmo: uma coisa é o sonho, a vontade de realizar e fazer acontecer com base na realidade; outra coisa é ter expectativas, iludir-se… isso é estar fadado ao fracasso, frustração e decepção. Quando esperamos que o outro faça as coisas do jeito que queremos, estamos querendo que ele(a) atenda as nossas necessidades, desejos e vontades – mas ele(a) também tem seus próprios desejos, necessidades e vontades;
- Compreender que somos todos seres humanos: não há vítimas não há culpados; cada um tem a sua responsabilidade. Uma relação é sempre dois, cada um tem a sua participação;
- Deixar de se exigir tanto e exigir tanto do outro: cobrar, criticar e julgar a si mesmo e ao outro traz ansiedade e auto rejeição; e isso vai fazer você querer comer mais;
- Tenha atitudes, aja: pensamentos, ideias e planos sem ação se voltam contra você mesmo;
- Faça exercícios físicos, aprenda respirações lentas, profundas e completas, tenha algum hobby, um lazer que te preencha. Encontre outras “válvulas de escape” tão prazerosas quanto a comida, mas mais saudáveis;
- Sugestão de livro: “Acabe com a obesidade” de Cristina Cairo.
Fonte: Crischen